sábado, 21 de agosto de 2010

A Diante


MPB é a minha essência.

Qual o sentido de tudo o que escrevo?

Quanta inspiração, que me fez deixar aqui tantas palavras que para alguns tem tanto sentido e para outros sentido nenhum.

Antes de começar de fato detalhar todos os motivos que me fizeram criar essa cadeia de sentimentos quero agradecer a um menino meigo, carente e muito atraente, Sim você mesmo, é você que tem feito dos meus dias tão especiais, você me tirou da lama, de tudo àquilo que sempre odiei, me libertou do ostracismo e me fez acreditar um pouco em mim.

O que mais queria é saber como você se sente em ser minha maior motivação de vida, adoro você, seu sorriso, seu jeito despojado e que aparentemente parece não se importar com o que os outros pensam, ou até ignora o que te falo, escrevo ou demonstro.

Mas deixo isso pra depois o que importa agora é falar porque um blog.

Palavras Do Coração

São sorrisos largos
Lagos repletos de azul
Os corações atentos
Ventos do Sul
São visões abertas
Certas despertas pra luz
A emoção alerta
Que nos conduz

Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos esses versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração

São os artifícios
Vícios deixando de ser
Os velhos compromissos
Pra esquecer
São pontos de vista
Uma conquista comum
O mesmo pé na estrada
De cada um

Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos estes versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração
(Composição: Otávio Toledo
Interprete: Bruna Caram)


A prisão para alguns pode significar a morte, as impossibilidades de não viver, estar parado e não conseguir fazer tudo o que desejamos, porém eu descobri uma saída, um caminho que faz sentir o vento bater em minha face, observar o nascer e o pôr do sol, admirar o brilho das estrelas e amar de verdade. Sonhos e imagens que se misturam com toda a vida que aprendi a construir em um lugar paralelo dessa realidade que insiste em se mostrar tão concreta.

Você me faz perceber que posso viver momentos jamais possíveis nesta tão fria e cruel realidade carcerária, com esse espaço que posso chamar de meu novo universo, que traz em si sentimentalidades sem pudores e coberto de seduções impossíveis a alguém como eu.

Espero pelo dia em que juntos estaremos de mãos dadas a fazer tornar real tudo que escrito está aqui passando a esquecer as palavras para viver os fatos. Você se escondeu em todo esse seu mistério e hoje não sei se você também me deseja com todo esse calor e com essa louca vontade de cometer erros.

Muito engraçado como o mundo conspira em meu favor, estou feliz em perceber que hoje tenho muito em comum nesse mundo virtual, li textos de revolta, amor, romance, justiça, arte, beleza, protesto, perdão e principalmente verdades que carregamos em nossos corações.

Quero terminar esse post agradecendo a todos os blogueiros que dividem esse sentimento de estarem contribuindo pela difusão de tantos sentidos bons como os que li e dividi com vocês.

Obrigado a você meu amigo que me deu a mão e me proporcionou palavras do coração a serem ditas aqui e a todos os blogueiros que me fizeram crescer em conhecimento.

Abraços a todos Walter...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Falácia



Fecho os olhos agora, e deixo o meu olhar percorrer a escuridão em minha frente, buscar mais uma vez a sua imagem doce e tímida.

Fico triste em perceber que você não está aqui perto de mim, o trem está tão cheio e estou a caminho de casa preso em sua essência.

Descomprometido começo a afastar minha razão dessa realidade cruel e concreta para o meu paraíso particular, as rosas mais aromáticas me cercam deixando o clima propício a esse encontro excêntrico que me viciou como uma erva alucinante.

No fim do horizonte esse sol quente e excitante está a se recolher dando espaço ao brilho fascinante da senhora majestade Lua que contrasta o perfil desse ser que traz em si cheiros e sabores embriagando minha alma sedenta de paixão.

Ele para a menos de dez centímetros de mim, seus olhos penetram nos meus, deixa meus poros entrarem na erupção da sedução que agora rouba o controle do meu corpo estagnado em sua frente, você me convida a sentir seu corpo apenas com olhar, perco totalmente o poder de autonomia sobre quem sou.

Tento desviar o olhar e por um erro de cálculo caio em seus lábios carnudos, eles em sua beleza peculiar, insustentável me faz despir a vontade de deixar que a aproximação seja inevitável entre sua boca deliciosamente eufórica no encaixar da minha.

Consigo sentir o calor que emana de toda essa sua sensualidade estampada nos suspiros e olhares febris que despontam nesse leve sorriso sacana que deixas escapar e, já sem nenhum controle e sem querer o ter, deixo os meus braços envolverem seu pescoço, sendo recebido pelas suas mãos fortes que se apóiam no meio das minhas costas e contraem meu corpo contra o seu, sinto a umidade de sua boca ligada a minha, seu sabor se confunde ao meu e sinto o seu néctar, podia morrer agora. 


(Composição: Marisa Monte / Arnaldo Antunes / Arto Lindsay
Interprete: Marisa Monte)






domingo, 15 de agosto de 2010

Absolu




Pique-esconde
Você me procura
Sempre me persegue
Onde quer que eu vá
Eu sinto a sua mão
Tento me esconder
Esquecer a pressão
Não me permite um momento

Você me tortura
Assédio sem fim
Não há mais jeito
Nem chance de hesitação

Me entrego aos seus braços
Me estrague com seus laços
Faça de mim o que você quiser

Eu não posso evitar
Aberta eu deixo a porta
O devaneio se realiza
E a conseqüência não importa

Corroído pelo ácido
O limite é destroçado
Às corrtentes eu sucumbo
No calabouço o instinto é básico
Interpretação Capital Inicial)



Luto todos os dias contra essa vontade descontrolada, essa ânsia que só você me causa, contra esse poder exacerbado que apenas o teu olhar consegue me fazer sentir e ainda assim acredito que estou preso nessa imensa prisão de pele e osso.

Invades minha mente e sabes muito bem o que penso, incitas de forma subliminar e começo a acreditar que você me enlaçou em uma armadilha sem fim, onde nem mesmo o Marquês de Sade seria capaz de criar tal utopia sexual.

Sofremos e gozamos pela distância em que nossos corpos se encontram. Dia após dia as fantasias aumentam de acordo com a necessidade de executá-las, a simbiose que vivemos apenas nos pensamentos um do outro é o suficiente para alimentar essa descontrolada vontade de cometer o sacrilégio.

O corpo responde a atitudes de forma involuntária e começa todo o drama mental, as reações do impulso começam a reagir nesse organismo físico que temos como corpo, chego a conclusão que a vida toma outro sentido quando deixamos a mente se libertar.

Rasgo mais uma vez esse pudor que me prende na realidade, corro em direção a você que me espera em um lindo lugar azul, estou em tuas mãos mais uma vez e rendo-me aos seus caprichos, podes fazer o que queres comigo, pode me amar com jamais amou alguém, podes viver momentos jamais imaginados e por fim fazer de mim parte do que você é.

Juro que lutei contra o que sou, tentei esquecer a vontade de te ter, contudo a pressão foi maior e sinto em você uma vontade absoluta de me ter, me assediar de forma descontrolada e desejosa, mas queria muito que isso não fosse permitido nem em fatos nem em palavra, assim seria santo.

Não quero lutar mais e dessa forma abri uma janela ao teu encontro, onde aqui realizo tudo o que sempre sonhei, minha aspiração toma forma, sinto como se de fato estivéssemos ocupando o mesmo lugar no mesmo momento e nada agora é mais proibido o que virá depois já não tem importância, o que importa para mim agora é saber que sou teu, do jeito que ambos queríamos que fosse.

Oh meu Deus penso que em pouco tempo estarei explodindo como se tudo dentro de mim fosse simplesmente se desintegrar, você derrama em mim o seu veneno doce e quente para que nunca mais esqueça que agora estou infectado com esse seu amor.

Serei o que sempre quis um náutico nos mares do prazer...    

sábado, 14 de agosto de 2010

Me Calem!!!


Será isso certo?
O erro está dentro das vitrines da mente, as músicas que nos excitam ao incendiar o corpo com todo o desejo causado de forma gratuita e visceral, abala as extremidades da película que cobre a nossa razão, que nos condiciona ao pudor.
Cada verso e cada frase dessa música liberta em mim tudo o que você faz, sua pele ao tocar na minha, de forma descomprometida,  quando nos esbarramos de forma frágil e simples, vergonha um do outro, o respeito se torna mais atraente e sexual, do que de fato o absurdo prazer de sentir você de forma literal e física me possuindo.
E ainda assim penso que estou errado, que minha vida ganha mais sentido apenas em te ter por perto, mesmo lembrando que quando estás longe, também entro no aposento dos desejos mais secretos, para sentir o teu hálito bem próximo ao meu e deixo meu corpo todo se derreter em caricias que imagino nunca ter, pois apenas é fantasias e ilusões esses assombrosos filmes que percorrem minha mente.  
Te Ver
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível

É como mergulhar num rio e não se molhar
É como não morrer de frio no gelo polar
É ter o estômago vazio e não almoçar
É ver o céu se abrir no estio e não se animar

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível

É como esperar o prato e não salivar
Sentir apertar o sapato e não descalçar
É ver alguém feliz de fato sem alguém pra amar
É como procurar no mato estrela do mar

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível

É como não sentir calor em Cuiabá
Ou como no Arpoador não ver o mar
É como não morrer de raiva com a política
Ignorar que a tarde vai vadia e mitica
É como ver televisão e não dormir
Ver um bichano pelo chão e não sorrir
É como não provar o nectar de um lindo amor
Depois que o coração detecta a mais fina flor

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível
Composição: Samuel Rosa / Lelo Zanetti / Chico Amara
Interpretação Skank)
Agora não brinque comigo e me deixe ser seu ao menos na mente insana e desalmada que criou em mim...
Vejo você chegar e percebo a tua alma entrar em mim e me possuir, já de longe esquenta em mim todos os instintos e percebo que estou preso em toda essa sua sedução.
Você fez isso desde a primeira vez que te vi, você não lembra, estava muito preocupado com outras coisas, mas minha carne pulsava por te ter, neguei no começo, nunca imaginei que teria a liberdade e aceitação que você me proporcionou, alimentas os meus delírios e de fato todos os sentidos revelam essa vontade de ser parte do que você é.
Sinto todas as noites as suas mãos me tocar, o calor do seu corpo junto ao meu e realmente me entrego e agradeço a Deus por te ter aquecendo a minha imaginação tão astuta.
Em meus sonhos é que tudo acontece e sinto estar em você literalmente, seu beijo em minha nuca e todo o seu calor a me perseguir.
Homens acusadores que me jogam contra a parede e me fazem perceber que o deleite do pecado é tão saboroso como sentir a vida escapar por entre as veias de um suicida a esvair em sangue, a liberdade que transforma a alma de um ser humano em apenas peças de um quebra cabeça que nunca chegará a ser unido ao que de fato deve ser.
Nessa néscia ilusão deixo me levar pelos absolutos caprichos de Afrodite e meu corpo responde com prazer a todas as loucuras lançadas pela minha razão já corrompida.
Te adoro garoto...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Confidências II

Mãos Atadas
Tenho as mãos atadas ao redor do meu pescoço
Eu queria mesmo era tocar seu corpo
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos, e depois?
Depois toco meu corpo, eu tenho frio
Sou um louco amargurado e até vazio
E me chamam atenção
Mas eu sou louco é de paixão, e você?
Você que me retire desse poço
Eu sei ainda sou moço pra viver
E te ver assim tão crua
A verdade é toda nua
E ninguém vê
Eu tenho as mãos atadas sem ação
E um coração maior que eu para doar
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos sem querer.
Eu quero é me livrar
Voar
Sumir
Perder, não sei, não sei querer mais
A qualquer hora é sempre agora, chora
Quero cantar você
Vou fazer uma canção, liberte o meu pensar
Aperte os cintos pra pousar
Agora é hora de dizer muito prazer,
sorte ou azar e amar
Simplesmente amar você.

(Simone Saback
Interpretação Zélia Duncan e Frejat)



Mentes que trabalham na escuridão da consciência e entre as teias do pecado nos condena ao erro de cobiçar o corpo, o gosto, o sentido, a malícia, dentro desse palco Elisabetano, fazemos a recepção do ego preso as vulgaridades carnais dos aromas luxuriosos do sexo exposto na adrenalina dos momentos na mente sagas por leviano prazer.

A prisão ganha à liberdade no exato momento que alimento minha carne adormecida na ânsia por gozo e satisfação, percebo que todo esse combate é uma luta perdida, porque cada imagem se torna palpável, percebo sua presença ao meu lado a segurar as minhas mãos ferozmente sucumbindo minha alma com seus lábios percorrendo minha pele, deixando todo o meu sistema nervoso agitado, os pelos todos se mechem, a vibração quente do meu corpo entregue nessa fantasia inebriante como uma jóia rara que deve ser manuseada com brutalidade delicada a fim entregar o brilho perfeito e sedutor.

Minha pobre percepção comprometida com as velozes asas da imaginação, sinto você me possuir de uma forma indevida, outrora desejada com sede do sabor peculiar e inesgotável do sexual romance que iniciamos ao cruzar os olhares, permitindo que eles dialogassem sobre a falta de pudor que escondemos dos que nos cercam.

A idéia que passamos no olhar se torna verdade e ação em nossas mentes, cometemos o crime da formicação ao deleite, um com o corpo do outro, transladamos sentidos em fatos, sua mão me toca, começo a descontrolada arritmia que me faz perder o fôlego, onde meu corpo responde as suas caricias dizendo:

" quero ser seu, me tenha em você, encaixe em mim de forma quente, forte e alucinante..."

De olhos fechados começo a recitar as doces palavras de amor que ensurdeci minha razão, as palavras se tornam confusas e apenas quero o atrito da sua pele contra minha exalando os valores levianos desse ato carnal.

Chego ao apogeu em teus braços trêmulos, onde aos poucos começo a controlar os gazes que invadem meus pulmões e isso me faz perceber que apenas sonhei estar entre suas pernas, sou acometido de uma dor maravilhosa que ainda me faz enxergar tudo como real, fico a debulhar apenas as sensações.

A opressão que me condena é agora perceber que estou de mãos atadas em uma verdade, sou um louco que vive de prazeres criativos de crimes cometidos na alma pôr venerar os filhos de Dionísio e todos os seus talentos.

Ralho com a minha hipócrita ambição de santidade e integridade pudica que apenas serve para me reprimir aos obscuros segredos da psique, enlevos que de beatices fazem condenar o que realmente sinto, julgando todos os corajosos atuantes em sentirem donos de vontades verdadeiras.

Covardia não ter as palavras na boca no exato momento que desejo você em vivo carnaval dos obséquios oferecidos na mente insana e púbere que floresce ao seu lado nos momentos mais inusitados possíveis, o remorso de não fazer da liberdade uma possibilidade de culpa ao sentir sem medo esse prazer que poucos podem sentir.

Invade-me o medo de confundir sua cabeça, enlouquecer seus pensamentos, te fazer cúmplice das diabólicas ações refletidas no meu birô seccional, e as vítimas dessa absurda aliteração dos tantos julgamentos que serei o réu difamado pelo inquisidor que me dirá culpado de atos ilícitos e perniciosos.

Confesso ser amador.
Seja você a verdade também para si mesmo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Preso em teus Braços



Obrigado Renato Russo, por nos fazer pensar fora da Caixa e enxergar a vida com uma beleza diferente...


Se você tem pudores não leia, pois aqui você vai entender como o amor pode ser consagrado nas mais belas formas, com certeza ou você irá se impressionar ou irá ficar enlouquecido ou eufórico demais. Entenda como uma música pode influenciar nos mais altos níveis de adrenalina humana.


Sinto como se meu corpo respondesse aos seus estímulos sem minha permissão, como se as articulações respondessem ao querer possuir tudo o que você tem para me oferecer e, seu jeito tímido sendo ainda mais excitante por deixar clara a absoluta obsessão em me seduzir, esse carisma de moleque, sua risada com ar de secagem me faz subir um frio pela espinha dorsal chegando a nuca e quase chego a sentir seus dentes a encostar na minha pele, seguido de um beijo quente a amolecer todo o meu corpo,  penso estar caindo, percebo suas mãos fortes e quentes envolvendo todo o meu dorso  com firmeza apertar meu corpo contra o seu e me sinto pequeno em sua brutal sensualidade, agora ao falar no meu ouvido as palavras:

Agora você vai sentir a viagem que nunca sentiu antes nos meus braços, você será saciado de todas as loucuras que pensou ter de um homem".

Seu hálito quente me deixa fugir dessa realidade e sinto sua língua me possuir com as palavras obscenas derramando nesses delírios que meu corpo responde preso ao teu.

Os dedos de tua mão tateando minha roupa deixa meu corpo bem como minha alma, nu e entregue ao seu encanto. Sinto o roçar de teu corpo contar minha pele, tua mão apertar os meus mamilos sem deixar de sussurrar as mais prosaicas palavras, me jogas na cama e com a boca ofegante abri as minhas calças onde enlouqueço no prazer que me causas. Conecta teus dedos contra minha carne e arrancas meus artifícios me sobram as marcas de suas unhas contra pele como se toda a sua sedução estivesse ali. Devagar encaixa a tua boca úmida de tesão em minha perna subindo por toda a parte interna da  coxa até chegar em minha virilha, me morde fazendo com que não consiga segurar o meu grito de excitação.


Tu se levantas, fico delirante deitado sentido todo aquele poder sedutor imprimido em minha carne, você se despe, começo a voltar à realidade, sinto você me puxar e encaixar meu rosto em seu colo sinto o teu cheiro quente e desejoso por me possuir.

Derreto-me a cada toque de sua mão, seu olhar para as atitudes já não pensadas, efusivamente sinto o calor aumentar, de dentro de mim sai os fluidos emanando os odores mais sensuais e gostosos do vapor que as duas carnes produzem de forma santa, uma vez que essa paixão se arde em pela a puberdade desse amor, em tão pouco tempo conseguiste fazer comigo o que jamais imaginei conseguir com alguém.

Quero viver não apenas momentos, fatos ou fantasias ao seu lado, quero ser parte sua, carne na carne e sentido as suas vibrações em mim, ser uma parte de ti, amar mais do que um dia aludi, ainda que a verdade não retrate o que sentimos, sei que já fizemos insanidades românticas onde todos os humanos desejariam apenas viver parte do que realmente somos.

Ainda que sonho, anseio pela metade desse fruto que você me ofereceu e tem me alimentado dia a dia...

Daniel na Cova dos Leões

 
Aquele gosto amargo do teu corpo
Ficou na minha boca por mais tempo
De amargo então salgado ficou doce,
Assim que o teu cheiro forte e lento
Fez casa nos meus braços e ainda leve
Forte, cego e tenso fez saber
Que ainda era muito e muito pouco.

Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante.
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante.
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza não tem direção.

Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque
Não vemos

domingo, 8 de agosto de 2010

Carne


Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos     

Amor é cristão  
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois

Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...

As palavras me levam a sentir os bel-prazeres recorrentes dos segredos que trazemos em uma consciência subumana, onde arde à carne e a efêmera razão que é carregada dos afetos vividos dentro do romance amoroso, tendenciados pela obrigação de entender o que fazer não apenas com a mente, mas com esse corpo esvaído de sentidos necessários para viver o deleite sexual.

Estamos a todo tempo limitados dentro da prisão que trazemos na mente, dentro desse subconsciente, lacrados com algozes dessa sociedade problemática, racista e preconceituosa, onde a luta faz com que todo grande romance, resultante de dor e muito sangue, acaba por se tornar livro, história e até obras como as de Shekespeare.
Atuamos em nossas vidas de acordo com os sentidos abalados, afetuosamente pela pele que se torna cada vez mais sensível, o momento em que deixamos de apenas sentir com o coração e os impulsos carnais se tornam impetuosos e cada vez mais afetados, aprendemos a nos conter e entender que a verdade está ligada a necessidade física que deixamos escapar algumas vezes, quando os nossos olhos se encontram com aquele ser que de uma forma inexplicável  parece conversar com os nossos desejos mais íntimos e por um curto espaço de tempo quase nos rendemos aos deleites que nossos órgãos pedem.

Diferente da vontade explosiva que se extingue com o decorrer do tempo, experimentou de uma forma natural e instantânea, fica a sensação do vazio, aquele que nos persegue de uma forma abrasadora, apegados pelos anseios de compartilhar com aquela pessoa que programamos passar o resto de nossas vidas, caímos na realidade de perceber que isso é uma questão de sorte.

A humanidade em si busca desesperadamente equilibrar o que no fundo deveria ser um conjunto, isso significa que por mais distintos que sejam os sentidos dessas duas palavras em algum momento elas irão se encontrar e formar assim uma corrente perfeita do que seria a família. O que não impede de ainda assim terem diferentes aspectos diante dos anseios carnais.

Sinto em meu peito o arder da carne e a necessidade exacerbada de carinho, afeto e atenção.

Divido com todos, minha mente viaja nessa canção por dois caminhos que em algum momento se encontrm com paixão, onde o corpo se rebela com a alma e tudo se torna navalha, rosas, sangue, perfume, álcool, doce, beijo, carinho, suor, soar, malicia, inocência, maldade e a extrema e boa sensação de prazer conquistado.

Meus olhos revelam o que minha mente sente e o que meu corpo pede, o afeto que está dentro de mim consegue fazer com o que a carne se torne cada dia mais saboroso, onde a veleidade de possuir e ser possuído torna-se absolutamente irresistível e saciável.

É nesse momento intimo e divisível onde concordo que o divino e o animal podem está totalmente ligados, levar ao céu sendo firme forte e desejoso, sentir o toque da pele, as mãos puxando contra o corpo e a brutalidade do amor nos faz chegar ao momento perfeito do amor e alcançar o absoluto paraíso do néctar divino.

Aqueles que conseguem unir o sexo com o amor.
Um forte abraço.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Idéia da Vida


Quando acreditamos que a verdade é uma absoluta estrada que nos leva as realidades que muitas vezes não aceitamos, estamos reformulando o caminho da beleza da arte onde a felicidade pode ser encontrada. O amor faz parte desse sofrer que muitas vezes nos leva a uma cadeia de ações desiguais e relativas ao que realmente somos.
Existem momentos em nossa vida que paramos e pensamos que nada mais vale à pena, que tudo não passou de sonhos insuetos, de mentiras e psicoses resultado do stress, nervosismo e principalmente por limitações causadas pela mentes maníacas que alimentamos dia após dia.
A letra cantada abaixo relata o que precisamos para fugir desse diagnostico humano e mutável.
Epitáfio Titãs
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído?
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr.
Amar, é ser parte da vida, é garantir a divisão do nosso imo, é ser a metade da ausência de alguém, é compartilhar, somar idéias, dividir sentidos, multiplicar a paz, subtrair a dor, adicionar sentido ao que somos e as pessoas que permitimos viver esses momentos ao nosso lado.
Lavar o corpo de dentro para fora esvaziando todas as tristezas ou mergulhando dentro do mar de felicidade que carregamos em nossos corações, faz chegarmos mais perto da racionalidade humana e tornar simples a beleza de viver, deixar de lado todos os problemas e angustias que nos segue de forma absurda e o anódino social quer garantia de que não deixamos as nossas veridicidades venham a tona nesse orvalho que guardamos no coração.
Perdemos com o tempo as possibilidades de enxergar os fenômenos mais simples e mais maravilhosos que podemos ver, o sol nascer, o horizonte no mar, um linda borboleta a pousar nas pétalas de uma flor regada pela garoa que o amanhecer deixou.
Os limites impostos por todos, empresa, escola, família, amizades e muito mais nos obriga a fazer escolhas que não queremos e deixamos de lado as oportunidades de sermos o que realmente somos, perdemos a identidade, não arriscamos, não fazemos o que a alma nos guia e o resultado disso e a infeliz e cruel dormência do retrato real, ao olharmos em dado momento para o que vivemos chegamos a conclusão de que não nos conhecemos mais.
Quando perdemos a sensibilidade de quem realmente somos, perdemos também a oportunidade de cativar pessoas, alimentar sonhos, cultivar desejos e o resultado é obsessão, sem controle, sem limite e sem razão. Julgamos as pessoas, e repelimos elas por não agirem como desejamos e ainda queremos ser amados.
Hoje não temos razões, não sabemos andar com as próprias pernas e esperamos apenas que o traço do destino faça o melhor que puder para sermos lembrados como seres humanos, normais, intelectuais, sábios e admirados por representar apenas parte do que realmente guardamos em nós, por preconceito, por medo ou infelicidade.
Chegamos ao fim, o dia acabou, a vida acabou e a reflexão do queríamos ter é desgosto, é desespero e falta de convicção na vida, deixamos muitas oportunidades passar e só agora percebemos que não vivemos , apenas tivemos uma idéia do que seria a vida.
A armadilha inconsciente do tempo, da razão, da expressão vista nos olhos daqueles que disseram apenas uma vez sobre o amor que carregavam por mim, pelo que sou , dei a retribuição disso, falei o que gostaria, disse o que queria, vivi o momento que desejei viver, fiz de fato a ação humana que gostaria de ter feito, visitei quem pensei em visitar, cantei quando a musica veio aos meus lábios, dancei quando minhas pernas pediram, rasguei meu coração a pessoa certa, neguei auxilia a quem queria negar, resumi o que deveria, prolonguei os romances, abusei do afeto que pude, sonhei os sonhos que nunca vou alcançar, lutei para conquistar os meus limites, perdoe as mágoas que julguei necessário, pedi perdão a todos que machuquei, abracei quem meu coração ordenou, tive vergonha de atos falhos, fiz a coisa certa após errar, me dei oportunidade de aprender, senti todos os desejos que quis?
O pior de não ter feito é não ter tentado.
Não quero que no dia de minha morte não tenha arriscado pelo menos o mínimo que pude.
Esse depoimento quero dividir com:
Todos os amantes
Todos os fiéis
Todos os errantes
E a vocês que amo...