sábado, 19 de novembro de 2011

Distância

Fico a pensar, porque quando queremos tanto alguém que pode nos fazer bem, a distância nos impede de chegar perto?


Hoje acordei com um desejo imenso de saber como é seu toque, queria envolver o teu pescoço com o meu braço de deixar que meu corpo me levasse ao labirinto onde não existem Minotauros, apenas uma casinha próximo a praia, queria me recostar em sua janela e receber do mar o seu soprar que iria te envolver e junto com o seu vento suave e maravilhoso me traria o teu cheiro.
Desejei hoje como nunca poder segurar em tua cintura e pedir para que teus lábios, de forma suave viessem ao encontro aos meus e o teu sabor ficasse presente em minha boca. Iria entrar na viagem da alma, tentando descobrir se tua boca exala uma romã, que sabemos ser a fruta da sexualidade ou um morango que simboliza a paixão.
Iria sentir tuas mãos fortes envolver envolver meu corpo de uma forma que posso sentir cada pedaço do tecido da tua pele, e devagar sentir o teu corpo umidecer com o calor provocado pelo encontro e atrito de nossa pele.
Devagar iria subir de encontro ao seu ouvido, percorrendo teu pescoço com minha boca ofegante e, desejosa pela tua carne que devolve o sabor desse encontro, chego ao teu ouvido e recito frases lindas de uma paixão presa dentro do meu coração, as palavras que sempre sonhei dizer e que nunca pude.
O fim da tarde vem ao nosso encontro, com o seu rubror de vergonha em acompanhar o delirante prazer que sentimos, empurra em sua janela o cheiro de terra quente acompanhada de um licor de frutas das árvores que encontrou pelo caminho.
O vento bate em minhas costas nuas e me força a entregar tudo o que sou a você naquele momento lindo e brilhante, juntos vivemos tantas dores e a distância nunca nos deixou tentar experimentar um momento que fosse agradável para nós.
Seu corpo pede o meu, suas mãos tateiam procurando um imensidão de sentimentos, sentidos e emoções prezas com o tempo e que agora não há mais distância alguma que impeça de sair, e proclamar sua vontade.
No banhar da lua, você me senta em teu colo, e recolhe o meu beijo ardente e sedutor, fazendo com que todo com meu corpo trema, me faz perceber que o encontro deixa toda a cena linda, romântica e rustica.
Banhados com o suor que esvai de forma descontrolada as sensações que deixamos se apoderar de tudo o que reprimimos devido a uma vida de dor, desprezo e solidão.
Encontramos um momento que será único e que iremos guardar em nossos segredos, para quando a dor voltar saibamos que houve amor em tudo o que passamos.
Lagrimas posam em nossa face, pois uma alegria inacreditável nos faz perceber que esse momento é apenas um sonho, uma realidade que não vai se repetir, pois ao retomar nossas vidas, estaremos distantes, falaremos de forma linda, com carinho, mas não teremos uma cena igual, não iremos compartilhar dessa dor novamente, porque, ela é unica, especial e maravilhosa.
Me beija de uma forma que parece não sermos mais seres vivos, parece que o mundo acabou ali. Um beijo longo, profundo e doce. Deitamos um de frente para o outro, distribuímos caricias, os olhos se cruzam e confidenciam um ao outro... "isso podia nunca mais acabar", mas em toda a exaustão dos nossos corpos adormecemos um com o corpo do outro, prezo, firme e inabalável...

E no dia seguinte tudo se finda em um abraça em plena a estação...

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